O ser humano é mesmo muito engraçado. 

Toda semana eu venho aqui, escrevo neste blog, falo no meu canal do Youtube e posto no meu Instagram. O meu objetivo basicamente é conhecer gente que esteja alinhada comigo e me conectar com essas pessoas. Para isso, acho importante falar do que eu acredito que faça sentido.

O que faz sentido para mim é servir outras pessoas. Depois que eu aprendi e internalizei que esse é o meu propósito de vida, as coisas simplesmente mudaram para mim.

Eu passei a viver de forma mais intensa. Comecei a ter tesão pelo trabalho, tesão por realizar. Acho que isso aconteceu porque eu passei a entender o porquê eu trabalhava e passei também a enxergar o resultado do meu trabalho. 

Eu consegui me conectar com o processo como um todo. A vida passou a ter mais sentido e tudo melhorou. Saúde física, saúde mental, bolso mais cheio. Finalmente eu comecei a prosperar.

Esse tema é tão interessante que vale um post dedicado. Mas hoje, o tema é outro.

Se o objetivo é servir, o meu foco fica sempre em como resolver um problema da forma mais eficaz possível. Já falei sobre isso aqui, aqui, aqui e aqui.

E é impressionante como temos que ficar muito atento. Todo dia, a todo momento, terão distrações que vão te tornar ineficazes. Isso acontece com você, isso acontece comigo, isso acontece com todo mundo.

Hoje eu vou te contar sobre a distração dessa semana.

Qual o problema que te aflige?

Um de nossos clientes aqui na Codevance chegou com a seguinte demanda: “Precisamos que você coloque um gráfico com essas informações na tela do cliente”.

Nós, de forma ingênua, nos deixamos levar pela primeira distração. Executamos a demanda sem perguntar qual o problema que aquela solução resolveria.

Seria o mesmo que um paciente fosse ao pronto socorro e falasse: “Doutor, quero uma receita para novalgina.”

Estranho, né?

Demanda executada, resultado entregue. Ficou uma bosta.

Trabalhar com gráficos, na WEB, é bem difícil. As libs são difíceis de integrar, os dados são difíceis de serem organizados. Talvez até por isso tenham surgido os softwares de BI.

Tempo desperdiçado. Mas, pelo menos aprendemos que aquela não era a melhor solução.

Voltamos ao cliente e perguntamos: “Qual o problema que te aflige?”. O cliente precisava ter acesso a informações analíticas sobre o negócio. Informações sobre lucro, aplicação, etc.

Com o problema na cabeça, vamos a solução. 

Seja mais resolvedor e menos programador

Começamos a pensar sobre como resolver este problema. 

A primeira hipótese de solução foi: Vamos colocar os dados do cliente em uma plataforma de BI, passar um usuário e senha e ele próprio tem acesso aos dados e tira as análises que bem entender. Além disso, daremos algumas análises pré-prontas.

E então, veio mais um erro. Antes de validar a hipótese, eu, como encarregado da tarefa, já comecei a pesquisar sobre como implementar essa solução. 

Eu percebi que para utilizar uma solução de BI pronta, eu teria que pré-processar os dados. Um cliente não pode ver o os dados do outro e eu só conseguiria resolver isso se fizesse esse pré-processamento.

É nesse momento que o nerd maluco por tecnologia e programação aflora. Eu comecei a pesquisar sobre pré-processamento, engenharia de dados, soluções de ETL, etc etc. 

A minha sorte é que eu sou um cara preguiçoso. Segundo a lenda, Bill Gates gosta de pessoas preguiçosas pois elas sempre vão buscar um caminho fácil para resolver um problema difícil. É exatamente o meu caso.

Quando eu vi que teria que o trajeto seria grande, eu dei um passo para trás e voltei a pensar em como resolver isso de uma forma mais simples.

Foi quando eu lembrei da etapa esquecida: Validação. Passei a mão no telefone e liguei para o meu cliente. Contei que tinha encontrado essa hipótese mas que ela daria bastante trabalho para ser implementada. Falei sobre o processamento do dado, sobre criar várias contas, sobre educar o usuário sobre como usar a plataforma de BI.  Como validar se devemos colocar energia e esforço nisso? 

Conversando com o cliente, descobrimos ainda que usuário final nunca tinha nem solicitado esses gráficos. O problema foi originado de uma hipótese sobre como gerar mais valor ao usuário final. 

Com essas novas informações, chegamos a uma solução simples: Plugamos os dados originais na plataforma de BI, geramos os gráficos que achamos úteis e mandamos para o cliente via email.

Sabe qual foi o resultado? Eu também não sei. O cliente ainda não respondeu. Mas o ponto não é esse. O ponto aqui é mostrar como sempre devemos estar atentos e focar nosso esforço em gerar o máximo de valor no menor tempo possível. 

Isso deve ser um mantra.

Como fazer isso? Interaja mais, converse mais com seu cliente, elabore hipóteses rápido e principalmente valide-as o mais rápido possível.